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A Traição segundo Nelson Rodrigues

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E para quem deixou passar em branco sem querer - ou por querer - dia 23 de agosto foi o Centenário do nosso intenso Nelson Rodrigues. Por vezes intitulado como "anjo pornográfico", este dramaturgo, jornalista e escritor foi autor de obras como A Mulher Sem Pecado; Vestido de Noiva; O Beijo no Asfalto; Bonitinha, mas Ordinária, Meu Destino é Pecar, Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados, A Vida como Ela É, entre outros.

Por seu caráter sexual e bem arreigado aos detalhes policiais, seus textos são repletos de simbolismos crus e temáticas onde o instinto humano tem a vez, Nelson Rodrigues traz o submundo - que as vezes é interno - para o escancaro. Não é a toa que diversos de seus trabalhos transcenderam o gênero e invadiram as telinhas e telonas por aí.

Uma das adaptações que mais gosto, talvez pelo trabalho de segmentação temporal sobre o mesmo tema, é Traição (1998) com direção de Arthur Fontes, Claudio Torres e José Henrique Fonseca. Tratam-se de 3 episódios sobre adultério inspirados em trabalhos do escritor centenário, bem ao estilo tragicômico deste, todos ambientados no Rio de Janeiro. São eles:


  • O 1.° Pecado: Anos 50; Mário conhece Irene, uma interessante e casada mulher, num ponto de ônibus. O encanto é imediato e ele propõe novo encontro. O que ocorre e segue-se por mais dias. Jordão, amigo de Mário acaba emprestando seu apartamento para tais e tudo vai bem, até que uma inusitada revelação é feita.
  • Diabólica: Anos 70; Geraldo anuncia seu casamento com Dagmar. Contudo Geraldo encanta-se com sua futura cunhada Alice, uma linda jovem de apenas 13 anos, e é correspondido por ela. Alguns encontros acontecem até que o amor e ódio de Geraldo pela garota resulta no extremo. Dagmar, após a descoberta, também surpreende.
  • Cachorro: Anos 90; Marido traído surpreende sua Mulher e seu Amante, em um quarto de hotel. O "corno", perdão pelo termo, está armado e o que sucede é um misto de violentos diálogos, brigas, revelações e, é claro, tiros, até que são surpreendidos pela presença do garçom, que bate na porta do quarto trazendo champanhe. O resto... Bem, não vou estragar a surpresa.

Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico(desde menino).


15 Filmes sobre Viagem no Tempo

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Para todo o fã de Sci-fi, melhor dizendo, para todos saudosistas ou vanguardistas de plantão, a possibilidade da viagem do trans-temporal é um elemento que atraí o imaginário. Poder retornar a uma época onde tudo possuía um ritmo e um glamour diverso, ou mesmo atravessar a barreira dos milissegundos e cair num futuro repleto de geringonças tecnológicas, soa como uma aventura impossível de ser desperdiçada. De fato, a é. Contudo, como parece não haver alguém que tenha descoberto a fórmula exata para a construção de uma máquina que permita tal intento, o encargo fica para o cinema. A 7.ª arte não decepcionou ao explorar a viagem no tempo, atravessando os mais diversos gêneros e óticas. Com isto em mente, resolvi montar uma lista com 15 películas que adoro sobre o tema; Aqui estão elas:

  • De Volta para O Futuro (1985): Em 1985, o Dr. Brown inventa uma máquina que permite a viagem no tempo. O adolescente Marty McFly, amigo do doutor, acidentalmente viaja no tempo e retorna para a década de 50 e acaba fazendo com que seus pais não se conheçam, o que interfere no futuro e na possibilidade de existência dele. Assim, Marty tem que retornar para o presente e fazer com que seus pais se apaixonem. Clássico oitentista da sessão da tarde.


  • Os 12 Macacos (1992): Num futuro devastado por uma doença, um condenado é enviado ao passado para descobrir uma informação crucial  acerca de um vírus criado pelo homem que destruiu a maior parte da população mundial. Eu, particularmente, adoro este filme.


  • Bill & Ted - Uma Aventura Fantástica (1989): Dois adolescentes bobões, por assim dizer, precisam fazer um trabalho sobre história, passando por diversos períodos. Inesperadamente uma máquina do tempo - no caso uma cabine telefônica - foi concedida para auxiliar estes dois nesta "difícil" tarefa. Outro que me recordo ter assistido nas tardes de cinema.


  • Corra Lola Corra (1998): É um filme que retorna apenas um dia no tempo. Conta a história desta mulher que tem de levar uma certa quantia em dinheiro para seu namorado, antes que ele assalte um supermercado. Muito bem montado, excelente fotografia, ritmo e trilha sonora.


  • O Exterminador do Futuro (1984): Um cyborg, com aparência de humano, é enviado do futuro para matar Sarah Connor - mãe de um homem importante na guerra que ocorre naquele futuro. Para salvá-la Kyle Reese é enviado. Clássico!


  • A Máquina do Tempo (1960): Um inglês da era vitoriana viaja no tempo até um futuro distante e descobre que a humanidade dividiu-se em duas espécies hostis. Acho uma excelente pedida, tenho a impressão que este filme é um dos percursores do tema - pelo menos que eu lembre.


  • La Jetée (1962): É um curta-metragem francês que conta a história de um homem escravo que é enviado para vários momentos do passado e do futuro, na tentativa de alterar eventos devastadores. Uma película bem interessante e diferente.


  • Feitiço do Tempo (1993): Um rabugento homem do tempo é enviado para cobrir O Dia da Marmota em uma pequena e fria cidade. Estaria tudo normal, não fosse o fato dele acordar sempre no mesmo dia, sob os mesmos eventos. Adoro este filme - outro que vagou pela Sessão da Tarde -, por perceber um uso de metalinguagem que vai além do entretenimento.

  • Primer (2004): Quatro amigos estão construindo um novo projeto, quando percebem um erro de checagem. Logo percebem que há algo maior do que um simples engano, então, passam a brigar sobre a mesma. O filme tem alguns pontos em instigantes, vale ser conferido.


  • Os Bandidos do Tempo (1981): Relata a história de um garoto que acaba acidentalmente juntando-se a um grupo de anões que viaja no tempo cometendo crimes. Lembro de ter conferido este filme quando era criança. Acredito combinar com os filmes fantasia da época.


  • Jornada das Estrelas IV - A Volta para Casa (1986): Um dos filmes que mais me marcaram do Jarnada da Estrela foi este. Dirigido por Leonard Nimoy - Spock é ninja mesmo -, tem sua aventura figurada  na decisão do Capitão Kirk de viajar no tempo na tentativa de recuperar os únicos seres capazes de se comunicar com baleias jubarte e salvar a Terra. Adoro!


  • Um Século em 43 Minutos (1979): H.G. Wells - aquele escritor que publico A Máquina do Tempo (1895) - persegue nada mais nada menos que Jack Estripador, o qual conseguiu escapar de seu tempo com a máquina do tempo do autor. O plot deste aqui é bem "maluco" mesmo, mas, o resultado final é show!


  • Donnie Darko (2001): E por falar em sinopse confusa... Um adolescente ingressa em uma realidade paralela após um acidente, neste há um coelho gigante que o manipula para que este cometa crimes. Excelente, um verdadeiro quebra cabeças temporal!


  • Los Cronocrímenes (2007): Aqui um homem viaja acidentalmente para o passado - cerca de 1 hora -  e descobre que será o primeiro de uma série de eventos desastrosos e com consequências imprevisíveis.


  • Meia-Noite em Paris (2011): Quem nunca pensou, adoraria ter vivido em tal época. É este o ponto de partida desta película de Woody Allen. Um verdadeiro primor de comédia, delicioso e repleto de magia e, por óbvio, análise de comportamentos. Essencial.
The most useful form of time travel would be to go back a year or two and rectify the mistakes we made.

O Dia em que a Ação Aquietou-se

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O dia que soube do falecimento do John Hughes, senti como se toda minha experiência com o universo teen oitentista destruiu-se. De similar modo ocorreu com meu alter ego cinéfilo quando soube do triste fim de Tony Scott, só que desta vez senti como se toda a adrenalina bem humorada das tardes de cinema da globo tivessem esvaído. A impressão de que parte da minha infância tivesse sido jogada numa ponte, deu espaço a um lado de cinema muito maior... A ação havia se aquietado não apenas naquelas horas retrô, foi em Hollywood que o silêncio fez-se.

É difícil imaginar algum aficionado por películas que não cruzou com os trabalhos dirigidos por Tony - nem irei comentar de outros pontos de sua filmografia. De maneira magistral, Scott trabalhou com grandes thrillers na medida exata de reviravoltas, intensidade amorosa, humor e muitas cores. Não é a toa que astros como Tom Cruise, Catherine Deneuve e Will Smith vieram a trabalhar com ele. Difícil passar impune por suas boas obras. Por óbvio que não deixaria de prestar minha homenagem a ele:

Via Tumblr.
Um dos desaparecidos da 7.ª Arte, Tony marcou o mundo como uma memória adorada. Em suas obras exaltou a fome de viver feito ases indomáveis, com a postura segura de um tira da pesada. Se tudo o que estava feito era bom, o último boy Scout em seus dias de trovão veio com a vingança - as malfadadas chamas da vingança - de um amor à queima roupa. A maré vermelha, por sua vez, trouxe a estranha obsessão por encontrar o inimigo do estado. Na busca por não achar, transmutou-se em um jogo de espiões - Agente Orange vs. A caçadora de recompensas - tentando vencer o diabo. Déjà-vu instalado, nada passou de um sequestro do metrô 123. Tanto querer, tanto agir, só resta concluir: A filmografia de Scott é Incontrolável.

Para finalizar, um vídeo:

Dica de Marcel Camp


I make a movie because it's something that inspires me.

3 Filmes inspirados nas obras de Charles Dickens

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Charles Dickens é um dos maiores nomes da literatura vitoriana inglesa. Com um estilo que foge do realismo, seus romances foram um retrato crítico da sociedade da época. Por tal, seus textos possuem uma grande popularidade. Talvez seja por isto que muitas de suas obras ganharam versões para as telas - desde TV até o cinema. Agora em 2012, precisamente para 30 de novembro, está previsto o lançamento de mais uma destas adaptações: Great Expectations, a qual contará com a bela Helena Boham-Carter e Ralph Fiennes. Inspirada nesta futura estréia resolvi fazer uma lista com alguns livros de Dickens já transformados em obras visuais; Confira a lista:

(1999)
Sinopse: Conta a trajetória de um garoto - sim, é o Daniel Radcliffe - que, após a morte de sua mãe, acaba ficando nas mãos de um padrasto maldoso. Mesmo vivendo em um lar desestruturado, ele acaba sobrevivendo e transformando sua vida em um triunfo. 
Livro inspiração: David Copperfield.

(2002)
Sinopse: Depois da morte do pai, Nicholas Nickleby, sua mãe e sua irmã ficam sem um centavo, decidindo viajar até Londres para pedir a ajuda do irmão mais velho do falecido, Jack. Sentindo imediata antipatia por Nicholas, o tio lhe arranja um trabalho numa escola de garotos dirigida pelo cruel Wackford Squeers. Ralph também tenta usar a beleza da irmã de Nicholas, Kate, para entusiasmar seus investidores. Nicholas não demora, porém, a fugir com o amigo Smike, um órfão sem lembranças da vida pregressa ao internato Dotheboys Hall. No caminho de volta a Londres, os dois cruzam o caminho de Vincent Crummles e de sua trupe de artistas.(sinopse retirada do Cineplayers)

Livro inspiração: Nicholas Nickleby.


(1998)
Sinopse: Aqui se tem uma adaptação atualizada da obra de Charles Dickens; Fixada na história de amor platônico entre uma garota rica e um homem de vida financeira modesta. Ela foi seu amor de infância e ele não consegue evitar de ir atrás desta paixão pueril.

Livro inspiração: Great Expectations.


Neste clima de literatura, resolvi deixar aqui mais um vídeo meu para o vlog do Antes que Ordinárias onde analiso os últimos 6 livros que li; Confiram: 

An idea, like a ghost, must be spoken to a little before it will explain itself. 

Quando compreendi o que é o Amor

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Sempre vi o mundo como este lugar onde eu realmente não pertencia.

O título pode até soar pretensioso, como compreender o amor (falo aqui do romântico)? Não há como delimitar o sentimento em uma definição específica, ou mesmo uma manifestação tal que impeça a dúvida. Sei disto. Mas, a percepção pessoal do que seria esta vastidão ilusória que mistura tesão e carinho, esta sim pode ser revelada. O meu instante ocorreu frente ao filme Antes do Amanhecer, ainda nos idos da boa época da Sessão da Tarde.

Se me perguntarem qual o filme que eu considero mais romântico, com certeza seria este. É simples, arreigado a segundos de compartilhamento e reconhecimento pessoal. Poderia definir como: Uma conversa incessante de duas almas. O arrebatamento é construído  na importância das palavras cedidas e recebidas. Para alguns pode ser visto como "sem graça", para mim é a própria definição do que a intensidade significa, um mergulho interno sem pudores.

Celine e Jesse se conhecem no caminho de suas viagens. Cruzaram e arriscaram, mudando o trajeto para que algumas horas fossem vividas juntas. Há uma ousadia nesta ação, nem falo por serem desconhecidos, quando os dois optaram por saltar do trem, não temeram baixar a guarda e revelar-se. O trivial costuma dominar as relações de hoje... Eles tinham um dia, fizeram mais do que muitos fazem em uma vida.

Numa das cenas mais bonitas da película - que é repleta de momentos preciosos - o casal discute sobre o que seria mais importante na vida. Neste diálogo Celine definiu o amor como algo divino, residindo no espaço entre duas pessoas. Em suas palavras: "Se há algo de mágico neste mundo, deve estar na tentativa de compreender alguém, compartilhar algo. Sei que é quase impossível ter sucesso... Mas, quem se importa? A resposta deve estar na tentativa.":


Em que pese hoje viva um momento mais Jesse, querendo alguma coisa além, as pouquíssimas vezes em que me apaixonei - não sou daquelas que faz juras de amor tão facilmente - vi-me como Celine; Buscando  perceber o espaço entre nós dois.

Para mim não é possível falar de amor sem o conforto de "ser eu mesma" e vice-versa. O silêncio é um outro bom indicativo disto, as vezes palavras não valem tanto quanto o estar junto, ao som de Kath Bloom.


Celine e Jesse se perderam durante anos, até se reencontram no Antes do Pôr-do-Sol. Rever os dois e notar que aquela noite sobre as estrelas foi o referencial de amor deles, só me fez acreditar mais e mais de que compreender o sentir assim não era errado. Quem sabe um dia eu tenha a sorte e encontre o que não temo procurar.

Você não pode substituir ninguém... porque todos somos feitos de belos e específicos detalhes.

Para Vencer o Tédio: Top 5 Garotos Perdidos da Sessão da Tarde

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Não é o tédio a doença do aborrecimento de nada ter que fazer, mas a doença maior de se sentir que não vale a pena fazer nada. 

Todos temos aqueles instantes em que as horas soam compridas, o cenário vira cinza e fazer qualquer coisa soa sem graça. Para isto, o cinema é um santo remédio, basta usar da habilidade escapista daquelas imagens e esquecer do mundo.

Eu descobri esta façanha que é o escapismo cinematográfico quando enveredei para os clássicos da Sessão da Tarde. Foi ali que encontrei o meu antídoto contra o tédio. Pensando nisto, no primeiro vídeo que fiz para o vlog do Antes que Ordinárias, elenquei meu Top 5 Garotos da Perdidos da sessão da Tarde. A listagem faz referência as minhas paixonites da infância; Segue o vídeo:



Como no vídeo eu só mostrei eles e não expliquei a motivação pessoal para cada uma das escolhas, aqui vai:

  • Johnny Castle - Dirty Dancing: O lindo do Patrick Swayze sabia dançar, botava a pose de "putão" e ainda cantava a She's like the wind... Tinha como não amar?
  • John Bender - Clube dos Cinco: Com muito sarcasmo conseguia afastar as pessoas, mesmo, querendo aproximar-se. Fora que tinha um cabelo muito sedoso e um estilo todo grunge.
  • Michael - Os Garotos Perdidos: Muito antes da malfadada saga Crepúsculo, os vampiros invadiram a ala adolescente com muito estilo. Michael acaba se envolvendo com estes graças a uma garota. Um malvado bonzinho.
  • Edward Mãos de Tesoura - Idem: O olhar de Edward tinha um mundo de tristezas misturado com esperança pura e simples... Sim, ele me conquistou com aquele olhar!
  • Duckie - A Garota Rosa Shocking: Engraçado, excelente na hora de referenciar cultura pop, cheio de estilo e sem medo de expressar suas emoção... Este é Phil Dale, a.k.a. Duckie. Agora pergunto: Quem em são consciência trocaria o super cool do Duckie pelo confuso maurinho do Blane? Só a Andie! 

It's called a sense of humor - you should get one - they're nice.

Dois Momentos "Elas Cantam Para Ele" de Johnny Depp

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Via Tumblr
QueJohnny Depp< é irresistível muitas irão confirmar, especialmente eu. Entretanto, não só pelas fãs esta irresistibilidade foi explorada; No cinema alguns de seus trabalhos trazem cenas com declarações de amor para si, é o caso dos musicais elencados neste post. Primeiramente trago uma garota correspondida cantando para o lindo do Depp no curioso Cry-Baby, sendo que a mesma solta a voz na esperança de ver seu amor livre da prisão. Após, entrego um musical mais atual e cuja mulher não recebe a afeição recíproca dele:Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet; Onde Helena Bonham Carter arrasa cantando a música mais engraçada do longa.


Graças ao post Rockabilly: O Verdadeiro Pai do Reck n' Roll no Antes que Ordinárias tive inspiração para esta postagem. Abaixo elenco dois momentos ELAS CANTAM PARA ELE do divo, confiram:

Cry-Baby
- 1990 -
"Am I a romantic?
I've seen 'Wuthering Heights' ten times.
I'm a romantic.
"

Não Era Bem Sobre O Que Pensei: Músicas Que Enganam!

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Imagem do We Heart It
Música e poesia são artes que andam muito bem unidas. Afinal, quando a composição da canção é bem feita tem suas raízes na poesia, nas letras em significações variadas, num ritmar inspirado. Desta forma, fica fácil perceber que a "liberdade poética" envolvida na construção musical pode gerar equívocos e divergências de interpretação. São sobre estas dualidades interpretativas que resolvi comentar hoje. 

Com este conceito em mente selecionei 6 músicas - divididas em 3 categorias - cuja a inspiração para a composição e a forma como ela presenciada no popular são de magnitudes diversas. Vamos a playlist?

Conotação Popular e Objetivo da Composição São Diversos
Every Breathe You Take: Conhecida por ser uma das músicas mais românticas da banda The Police, foi composta com uma visão bem diferente. Longe do amor, a letra da canção de Sting trata de um perseguidor, completamente obsessivo. Agora, é só bem observar cada frase cantada para perceber todo o ciúme e vigilância envolvida no pensamento da persona em questão.

Losing My Religion: R.E.M. sempre adotou multi elementos em suas músicas. Com esta aqui não poderia ser diferente. Em contramão do entendido na canção do Sting, esta composição do Michael Stipe é vista como uma representativa de fé. Contudo, a inspiração veio de um Amor Platônico - com veias na obsessão. Reparem neste trecho: "I thought that I heard you laughing, I thought that I heard you sing. I think I thought I saw you try.". Viu?!

Inspiradas em Crime
Stack O'Lee ou Stagger Lee: Com mais de 170 regravações e duas versões oficiais esta música é um clássico popular viajando do gênero blues ao rock com tranquilidade. É provável que tenha ouvido pelo menos uma das variadas interpretações já apresentadas no cenário musical (Nick Cave, The Black Keys, Samuel L. Jackson e Lloy Price), com tanta imortalidade na canção fica até difícil acreditar que ela foi inspirada num crime real acontecido em 25 de dezembro de 1895, quando um motorista de carruagem afrodescendente matou outro homem. De forma curiosa o assassino tornou-se um arquétipo do "homem negro valentão" - com jeito cool e streetwise.

I Don't Like Mondays: Alheios a história por trás da canção, a música do Boomtown Rats virou sucesso de cara, chegando as paradas americanas e britânica com facilidade. Aos poucos o que era um hino a todos os que detestavam este dia da semana ganhou uma nova dimensão, quando se revelou da onde surgiu a inspiração para tal hit: Brenda Ann Spencer, uma adolescente que acorda um dia e sai atirando em todos, matando duas pessoas e ferindo outras nove. O motivo? Ela não gostava de segundas-feiras e o tiroteio animaria o dia ("I don't like Mondays; this livens up the day").

Lendas Urbanas
Turning Japanese: Então, este sucesso oitentista da The Vapors tem uma das histórias sobre composição mais interessantes (e curiosa) que conheço; Os boatos é de que a música refere-se a expressão facial que se faz na hora do clímax da masturbação. Entretanto, a banda afirma que o dito "turning japanese" referia-se aos clichês de alguém que está doente de amor. O que eu acho? Para mim a letra tem muito de masturbatória; Como os comentários de estar totalmente sozinho sem ter nada mais para fazer, a fotografia e até mesmo no famoso refrão.

Mandy: Cantada por Barry Manilow, o boato que envolve esta música é de que teria sido feita para a cachorrinha do compositor (Scott English) chamada Brandy - Scott gravou primeiro esta música com o título de Brandy, para não dar confusão, alterou-se o nome para Mandy na versão de Manilow. Total lenda urbana isto! A confusão surgiu quando um repórter ligou para Scott e perguntou para ele quem seria Brandy; Ele, para se livrar dele falou a primeira coisa que surgiu em sua mente: "It was about a dog like Lassie and I had sent her away - now you go away!"

A música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo. 
- Oscar Wilde


5 Filmes Sobre Divórcio

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Frank Sinatra, imagem retirada de Iz Me Not You
Quando esbarrei com esta imagem do meu Divo-Mega-Master Frank Sinatra só consegui pensar na ironia dela e nos encantos da personalidade dele. Sinatra era galanteador, cheio de atitude, completamente apaixonante pelos motivos errados! Graças a esta fotografia tive a inspiração de fazer uma postagem listando algumas películas sobre um tema complicado: Divórcio. A listagem é feita em ordem cronológica e o único critério que usei foi a intuição; Fiquei com os 5 primeiros filmes que vieram em minha mente. 

Eis o resultado:

(1979)
Este drama capta não só a separação como também o efeito sobre a vida do filho. O processo vai do choque, a adaptação, a luta, até a busca por um consenso e por redenção. Apesar de simplista. trata-se de um filme consistente, com atuações de igual forma.

(1989)
Quando aquelas manias insignificantes começam a irritar... Eis o sinal de alerta! Antes que o final seja um divórcio desastroso, pesado e pronto para guerra, o ideal era recorrer a uma D.R. Ah... Mas quem está disposto? Obviamente que os Roses não! Muito mais num estilo comédia.

(1992)
Presenciar a separação de um casal amigo pode ser o estopim necessário para uma conjectura nova dentro do relacionamento seu. Pois é, Woody Allen sabia disto e explora todas as nuances do desgaste e da frustração existente entre o quarteto. Uma ótima pedida!

(1996)
Prazer culposo de cara! A película é bem mais ou menos, em que pese tenha um conjunto de belas atrizes. Conta a história de três mulheres que passam pelo divórcio e resolvem se vingar dos Ex's. Confessa, dá uma pitadinha de vontade de fazer isto também, não é verdade? 

(2005)
Se um casamento é complicado sem que haja o elemento da inveja, imagina quando ele se aloja de vez na relação! Foi exatamente o que aconteceu na vida deste casal; Ele que sempre sonhou em ser romancista e não conseguiu vivencia ela se tornar um talento na escrita. Filme com um ritmo ótimo.

O Matrimônio é a Principal Causa do Divórcio


Cronologia da Múmia nos Cinema

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Esbarrar hoje com a homenagem do Google ao 138º Aniversário de Howard Carter, fez-me lembrar dos diversos filmes inspirados nos na magia misteriosa do Egito, em especial, no que diz respeito a figura da Múmia. Assim, inspirada em uma outra postagem minha - Cronologia dos Vampiros no Cinema - resolvi fazer uma retrospectiva de películas inspiradas num dos monstros eternizado pelo incomparável Boris Karloff: The Mummy! Afinal, é notório que o tema vem sendo abordado de modo bem diversificado pela 7.ª arte. Então, o que eu fiz foi elencar algumas - das várias - películas que tratam do mesmo com o intuito de perceber as alterações ocorridas no mito no transcorrer do tempo. Ressalto que apenas estou listando alguns filmes para compará-los, nem todos eu recomendaria. 

Vamos a cronologia?

















Dois Momentos Noventistas de Vincent Cassel & Monica Bellucci

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Os anos 90 viveu na diversidade cinematográfica, trazendo uma mistura de temas clássicos com sabores pop. Os nostálgicos da década agarram-se aos seus elementos preferidos, bem como, aos seus artistas prediletos. Eu, como não poderia ser diferente, apaixonei-me por alguns nomes, dentre os quais, o casal ultra-mega-sexy Monica Bellucci & Vincent Cassel fazem parte da lista. Navegando entre minhas memórias nostálgicas, aportei junto a duas atuações emblemáticas deles na década de noventa. Primeiro esbarrei com o belo   filme L'appartement, onde a personagem de Monica busca a atenção do de Vincent através da dança. Após, encontrei um momento mais "badass" do casal em Dobermann; Onde ambos roubam, de forma nada discreta, uma bela quantidade de dinheiro de um veículo que o transportava.

Abaixo elenco dois momentos NOVENTISTAS dos dois deuses, confiram:

L'appartement
- 1996 -


 - 1997 -

"We all need illusions. That's why we love movies. "