Elas Eram Eles- Cate Blanchett em Não Estou Lá
Neste inusitado filme de Todd Haynes, os trajetos seguidos para deslindar a personalidade única de Bob Dylan resultaram no espaço para seis atores diferentes interpretarem o ícone; Inclusive a linda da Cate Blanchett que dá show na faceta denominada Jude Quinn.
- Tilda Swinton em Orlando
A beleza do visual andrógino de Tilda rendeu a ela a personagem de Orlando, um jovem rapaz da nobreza o qual foi ordenado pela Rainha Elizabeth que permanecesse jovem para sempre, o que acaba ocorrendo. Todavia, no curso dos séculos desta história o homem transformasse em mulher.
- Miriam Shor em Hedwig - Rock, Amor e Traição
Há dois crossdressing neste filme: O da Miriam que é membro da banda de Hedwig; E a própria Hedwig, interpretada por John Cameron Mitchell. No caso da personagem de Miriam, trata-se de um homem que trabalhava com transformismo e acabou se envolvendo amorosamente com Hedwig.
- Felicity Huffman em Transamérica
Felicity faz o papel de um homem que está prestes a realizar uma cirurgia de mudança de sexo quando descobre que tem um filho, querendo conhecer o garoto. Uma boa atuação.
Elas Fingiam Ser Eles- Barbra Streisand em Yentl
A película conta a vida de Yentl, uma jovem garota que deseja aprender os ensinamentos religiosos do Talmud, estudo somente permitido aos homens. Ela, por sua vez, se traveste de Anshel e parte em busca de conhecimento.
- Joyce Hyser em Quase Igual aos Outros
Trata-se da história de uma bela garota que foi impedida de participar de uma importante competição jornalística por ser mulher. Determinada a conseguir um estágio no jornal de sua cidade, ela se veste de homem.
- Gwyneth Paltrow em Shakespeare Apaixonado
Com uma premissa similar as de cima, a personagem de Gwyneth também se vê impedida de realizar algo por ser mulher; Neste caso, participar de uma peça de teatro. Contudo, veste-se de homem, conquista o papel principal e ainda acaba apaixonando-se por Shakespeare
- Julie Andrews em Victor ou Victória
Uma pobre cantora distante do sucesso e vivendo na miséria conhece um cantor homossexual. Ambos armam um golpe: Ela finge ser um homem no dia-a-dia e, para as suas apresentações, se traveste de mulher. Assim, alcançando o estrelato.
Hillary dá vida a jovem Teena Brandon, uma garota que decide mudar de sexo. O filme explora sua vivência como homem - namorando uma mulher e saindo com os amigos - e o reflexo da descoberta da verdade pelos outros, culminando em um ato atroz de violência. Baseado em eventos reais.
- Glenn Close e Janet McTeer em Albert Nobbs
Janet e Glenn - especialmente Close - estão soberbas neste filme que explora a difícil escolha de tomar as rédias de sua vida ao custo que for perante a sociedade machista da Irlanda do século XIX. Disfarçadas de homens, ambas buscam sonhos e uma identidade pessoal.
"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem."

Um lindo e feliz dia da mulher, hoje e todos os dias!
ResponderExcluirmuito inteligente este artigo, ótima sacada, parabéns e feliz Dia Internacional Dia da Mulher pelo resto do ano.. :)
ResponderExcluirBelíssima lista minha cara.
ResponderExcluir"Hedwig - Rock, Amor e Traição" é o mais curioso de todos. Depois o diretor faria o polêmico Shortbus.
Recentemente ver Gleen Close em Albert Nobbs me faz crer no que as mulheres são capazes e toda uma superação feminina aí...
Feliz dia Internacional da mulher pra ti :)
Bjs.
Adorei o post! Muito interessante, estou muito curiosa para assistir esses filmes. Gostaria de acrescentar mais duas participações femininas no universo masculino.
ResponderExcluirUma é a Amanda Bynes no filme "Ela é o Cara". Pode parecer um filme tosco para adolescentes, mas foi inspirado numa belíssima peça de Shakespeare "Noite de Reis". É um filme interessante e a peça mais ainda.
O segundo, no caso é uma ópera. http://www.youtube.com/watch?v=Q-e0fHUoKD8 Maria Ewing é uma mezzo-soprano que vive Cherubino, pagem dos condes de Almaviva e canta uma das mais belas canções compostar por Mozart, Voi Che Sapete. Esse personagem é interessante, pois foi originalmente escrito para ser interpretado por castrati (homens que preservavam a voz infantil retirando o saco escrotal ainda na infância). Como essa prática nos dias de hoje é proibida, esse papel é dado a mezzos, que os interpretam travestidas.
Agradeço a atenção e parabéns pelo seu blog!
Oi Karlinha, amei muito o post e tive a oportunidade de vê alguma dessas atuações
ResponderExcluiragora fiquei com vontade de assistir um filme só com atrizes.
Será que existe? você conhece?
Agora para colocar uma pimentinha na discussão
da Lya Luft
acredito que home e mulher escreve diferente, não pelo gênero biológico, pois o gênero é uma construção social e como apreendemos a ser "macho e fêmea" acredito que isso se reflete na escrita como em qualquer outra arte.
Realmente é um ótimo post para homenagear as mulheres! Já vi quase todos os filmes que vc citou, aliás só faltou vc incluir um que eu vi na sessão da tarde, há muito tempo, Vivendo em Dúvida - Sylvia Scarlett, com Katharine Hepburn, ela faz papel de homem nesse filme que é uma comédia romântica, um pouco fraca, mas com essa atriz excepcional e com Cary Grant em início de carreira. Gosto muito dos seus posts de filmes, sou cinéfilo e leio muito sobre filmes. Agora só falta aprovarem o dia dos homens para vc postar sobre homens que interpretaram mulheres no cinema, hehehehe.
ResponderExcluirQue ótimo post Karla!
ResponderExcluirConfesso que não conhecia alguns filmes citados, mas acho genial essa troca. Imagino que a atriz deve se preparar psicologicamente pra encarar um papel desse tipo.
Já viu as duas versões de Madchen in Uniform? Fico encantada com as protagonistas.
A Tilda em ORLANDO é a melhor de todas...
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Também destaco Sylvia Scarlett e, por que não?, Quanto mais quente melhor.
ResponderExcluirEmbora você tenha citado filmes dramáticos, esse é o primeiro que vem à minha mente quanto se fala em crossdressing.
Beijos!