Livro de Novembro: Livro Sobre Nada
Com esta loucura que me foi imposta nos últimos tempos, além dos naturais acontecimentos improváveis, acabei negligenciando uma das minhas sessões aqui do blog: Livro do Mês. Para quem não sabe ou é a primeira vez que esbarra com meu espaço - Seja Bem vindo! -, possuo alguns tópicos fixos, como por exemplo: Redescobrindo, Além da Arte, Filmografia em Fotos e Outros. Então, para dar um espaço maior a literatura, uma vez a cada 30 dias, comento sobre um livro que li neste período. Ou seja, uma obra literária mensal! Assim, em virtude do correr diário, o último post era do mês de julho. Por isto, nesta semana estarei recuperando o atraso e falando sobre os livros que selecionei para cada mês. Então, para novembro rendi-me a uma leitura prazerosa e poétila: Livro Sobre Nada.
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Para mim foi o título. Andando pelas prateleiras repletas de páginas, vi de longe a capa da obra. Como poderia resistir a um livro inteiro sobre nada?
Como é complicado explicar um livro de poesias sem que se tenha um elo de ligação, vou usar das palavras do próprio poeta:
"O que eu gostaria de fazer é um livro sobre nada. Foi o que escreveu Flaubert a uma sua amiga em 1852. Li nas Cartas exemplares organizadas por Duda Machado. Ali se vê que o nada de Flaubert não seria o nada existencial, o nada metafísico. Ele queria o livro que não tem quase tema e se sustente só pelo estilo. Mas o nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um alarme para o silêncio, um abridor de amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora." - RETIRADO DAQUI
O mais interessante da forma poética de Manoel é a simplicidade profunda; Nada de rodeios ou romantização, os versos são assim... Leves na leitura, espessos no conteúdo. O fato de não haver um tema exato abre um leque excelente para interpretações e opções. O poeta explora cada detalhe de maneira contemplativa, encanta! Deixo aqui só um "gostinho" de seu versejar:
O que não sei fazer desmancho em frases
Eu fiz o nada aparecer
(Represente que o homem é um poço escuro
Aqui de cima não se vê nada
Mas quando se chega ao fundo do poço já se pode ver
o nada)
Perder o nada é um empobrecimento.
Nesta abstração lírica sem definir exatamente qual o nada ou o porquê do nada, viajasse em versos complexos/conexos entre a arte de pensar e a arte de sentir. Recomendado!
Para conhecer mais sobre Manoel de Barros visite o site Releituras.
Cara que louco eu gostaria de escrever um livro sobre nada, imaginei o cara falando isso .. ( fiquei com vontade de ler)
ResponderExcluirMuito boa a dica.
ResponderExcluirVou comprar.
Desculpe a demora
ResponderExcluirNet tava lenta
adorei o BLOG
Muito legal mesmo
rsrs
aain eu num so mto fan de ler livros..kkkk
ResponderExcluirmais seue blog é lindo...
e vc ta de parabéns por gostar de ler ! *-*
um beiju
http://wanessacarvalhoem.blogspot.com/
Não é meu tipo de livro, mas parece uma boa dica.
ResponderExcluircomo eu não sou de ler livros, este é outro que não tinha ouvido falar, mas leio outras coisas
ResponderExcluirhttp://rocknrollpost.blogspot.com/
ja quero ler
ResponderExcluirhttp://www.hrdoblush.com/
Assisti ao documentário no qual, Manoel comentava sobre este livro. Relatava sobre seus Eus e mistérios.É absurdo como ele aborda alguns temas ou descreve algumas coisas. A forma como ele sabe lhe dar com a arte da escrita...
ResponderExcluirSua simplicidade é harmoniosa com suas estórias,ou desobjetos- adjetivos indeterminados e qualificativos ao extremo compreensivo mental. (risos)
"Leiam! Ler é liberta-se."