O Trio (Infância)

Eles eram três grandes amigos
E nunca houve briga que durasse mais que uma discussão
E nunca existiu regra capaz de separá-los
E nunca ocorreram lágrimas sem riso
E nunca imaginaram uma vida mais doce que aquela

Eles eram três grandes amigos
Uma meninona, Um menino, Uma menininha
Sonhando com o futuro.
Brincando de crescer.
Esquecendo que não queriam.

Eles eram três grandes amigos.
E sempre o menino vencia as competições.
E sempre a meninona queria atuar.
E sempre a menininha brigava.
E sempre afirmavam – “Ainda nos deixaram loucos!”

Eles eram três grandes amigos.
Uma moçona, Um moço, Uma mocinha.
Com pouco tempo para brincar
Só crescendo, Esperando e ampliando a visão.
Com medo da separação que o destino preparara,
Precisavam buscar o futuro.

Eles eram três grandes amigos.
E ainda conversavam sobre o que seriam.
E ainda não existiam lágrimas sem riso.
E ainda passaram por muitas coisas.
E ainda os outros prelecionavam – “Vamos ficar Loucos!”

Eles são três grandes amigos.
Uma mulher, Um homem, Uma outra Mulher.
Já não há mais tanto tempo: Cresceram.
Orgulhosos uns com os outros,
Não esquecidos do passado glorioso que tiveram,
Repleto de uma magia única e pueril

Eles são três grandes amigos.

O homem ainda vence competições.
O homem é pai.
O homem é marido.
O homem era o destino do menino.

A mulher ainda atua.
A mulher é mãe e tia.
A mulher é esposa.
A mulher era o futuro da meninona.

A outra mulher ainda briga, mas com muito charme.
A outra mulher é mãe, é tia.
A outra mulher é esposa.
A outra mulher era o posterior da menininha.

Eles são três grandes amigos.
E nunca houve briga que durasse mais que uma discussão.
E nunca existiu regra capaz de separá-los.
E nunca ocorreram lágrimas sem riso.
E nunca imaginaram uma vida mais doce que aquela.
E, com tudo isto, persiste-se a ouvir:
ELES NOS DEIXARÃO LOUCOS!!!


Confira o texto também no RECANTO DAS LETRAS.



This entry was posted on 23 de mai. de 2011 . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 . You can leave a response .

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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." [ Michel de Montaigne ]

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