Agora, Sigo Esquecendo

Enquanto a cidade dorme,
O momento Aguarda em silêncio.
O encontro,
A despedida.
Há uma sabedoria inerente ao pressentir.
A mente avisa,
O gosto desmente,
Mas o sentimento, ainda que remoído no tempo, desvenda.
Quando pensei, perdi o brilho.
Quando gostei, caí em ilusões.
Quando senti, soube.
Soube que nunca seria sua;
Estava fazendo-me de tola.
Meu coração congelado numa imagem inexistente.
Ao ouvir a intuição em mim, acordei.
Você estava magoado muito antes de conhecer-me.
Temeu demais para envolver-se.
Fugiu no instante em que percebi a farsa do seu amor.
A chuva morando no meu rosto,
Correndo em minhas veias,
Lavando os restos não esquecidos seus.
As ruas aparentam ser mais largas
A cada passo que dou para longe de sua inconstância.
Meu sentir era flor
Agora pálida, murcha, morta.
Deixando apenas uma semente
Que voa livre,
Flutuando para terras distantes,
Procurando um lar fértil
Onde será acolhida como um dia acolheu.


Confira o texto também no RECANTO DAS LETRAS.



This entry was posted on 23 de mai. de 2011 . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 . You can leave a response .

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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." [ Michel de Montaigne ]

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