Amado - somente assim posso chamar-lhe;

Coragem faltou-me para dizer-lhe o que escrevo agora. Temi que houvesse fraqueza em mim, sabemos - sim - que seu sorriso possui tal efeito... Não queria deixar seu sabor enlouquecer-me novamente. Impossível falar frente a sua face, cara a cara não sei mentir, e não sei se o que lavro é exatamente verdade... sei o que vi... Vi-o, não há como negar. Bem que dizem :"o que os olhos não vêem o coração não sente." Mas isto falso é. Pois sentia muito antes de ver, apenas continuei fingindo, como finjo nesta ao dizer que não o amo. Ai meu Deus como desejei este olhos arrancar! Porque o anseio pede que o mate, e ao fazê-lo sei que não resistiria... Não há culpados neste final. Caso alguém, tenha que condenar eis que minhas córneas julgarei, e como cúmplice meu tolo amor por você. Há desiludidos no término. Uma carta manchada. Um amor inacabado. E a lembrança inerte do que vi. Não me queira mal... Não me queira bem... Não me queira!

Sem Mais delongas..
Adeus minha doce decepção.

P.S.                          Se desejar deste amor continuar, peça para renascer.
Pois da minha próxima vinda à terra, nascerei cega para não mais sofrer.

Confira o texto também no RECANTO DAS LETRAS.





This entry was posted on 11 de fev. de 2011 . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 . You can leave a response .

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"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade." [ Michel de Montaigne ]

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